Daqui sentado, neste topo de granito corroido pelo tempo milenar, sobrevivente de fogos e confortado por caruma dos pinheiros e o cheiro resinoso, outrora colorido pelo balir das cabras e ovelhas, pintado pelo lugrube piar das noites da coruja, mocho e do ujo. Quando nao, e era amiude o uivar do lobo
Aqui chegado, revivo cada casa com rostos marcados, nao estas, mas as outras que ali estiveram.
O tempo volta ao seu tempo, penso de modo acanhado. Mas diferente...
Cresceu a minha terra, que tal como as outras se cimentava nas raizes ancestrais, as malignas eram arrancadas a punho raivoso de gentes vingadoras da ma sorte, apenas por alma e confronto guerreiro de lavradores que esconjuravam as faltas de respeito, mesmo que fossem dos deuses.
Gente da minha terra!
Deixem que olhe...
"La ao fundo, ficava fulana, a casa era baixinha e tinha cinco filhos, o frio e fome que passavam."
"La no alto, havia uma casa ou outra, quando muito uns palheiros para o gado, mas era assim...".
"Aqueles remediados, aqueles sempre viveram bem...".
Agora tem muitas casas, modernas com bons carros encostados.
Agora tem festividades religiosas (aonde vao buscar tanta fe...) constantes etambem as da terra, oferecidas pelas comunidades.
Deixem que olhe...
Mesmo parecendo familiares os pinheiros da encosta e mirando por cima das suas copas, nao vislumbro a escola da minha terra, a mesma em que andei.
Regresso pensativo, a minha escola fechou, nasceu gente para a politica e verdade, verdadinha...
A unica coisa nova e ampliada, foi o cemiterio!