Nao trago fotos mas algo, digamos, imortal! Van Gogh...

... e sinto os olhos soltos, esbugalhados na perplexidade de algo tao proximo. Tal e qual como me contavam e vendo, nao dava a maior importancia, sem saber que um dia seria um tesouro que gatinhando tinha partilhado.
O cheiro e sabor da terra. O semear fremente, qual femea ansiando pela fecundidade da semente.
Gente rude mas sabedora que cautelosamente transformava cada semente num futuro diamante.
Correndo bem a colheita, mais rico ainda!
Mas o caminho para tal, carecia de ser talhado e moldado. Ou melhor, mondado!
A filharada acordava manha cedo, reclamando o pouco do muito a que tinham direito. O que havia.
A mae, reclamando do pai o tempo que as sementes preguiceiras levavam a dar fruto, pois mais rapida era ela a parir os filhos.
E o pai sofrido, continuava sabe Deus como, por vezes com feridas desinfectadas pelo sal de lagrimas inocentes, mas pesadas, a mondar as ervas daninhas do campo, dele e da sua familia, nada de mal podia acontecer.
Tinha a certeza que passados dias se poderia sentar na pedra encostada a cancela de madeira, enxotando as galinhas e os filhotes saltitando ao seu redor, podia descansar feliz.
Da janela da cozinha vinha o cheiro a galinha guisada, do melhor que sua mulher fazia, mas a coisa , aquilo que nao tem nome e lhe pagava no enchimento da alma, nao sabia descrever e mesmo que perguntassem, a resposta sempre a mesma. Cheira a terra!