terça-feira, 23 de outubro de 2018

Se continuas a olhar para trás, não consigo escrever...
Sei que já não há galinhas na porta ao lado, o cravelho nem tal segurava, agora foi trocado por uma tranca rançosa, prendida por uns nagalhos; mas teimoso, achas que por riba acima é o caminho, então vai!
Vai e traz notícias do nosso ribeiro, se fores lamechas, não olhes para a direita aonde ele corria a seu tempo, tempo que não sabes contar, apenas cheirar, pois o tempo foi passando, os teus amigos se foram aos poucos, aqueles que enfrentavam os bichos das galinhas e demais...
Sinto que tens coragem de sózinho, correres com os fantasmas, como tu, perdidos na noite.
Sim, por seres aquilo que és, um solitário, mas profeta do teu modo de ser.
Sabes, tenho saudades tuas.
Tens sido bem tratado que eu sei, mas também que andas triste e ambos o tal sabemos, o motivo...
A dona e amiga  não pode estar presente pelos motivos que sabes, mas posso ir ter contigo neste final de semana?
Quem sabe se não encontramos uns tortulhos, mas tão sendo, brincamos junto, não é bom?
Até que não te podes queixar muito, tens um pátio tão bonito e que eras uma seca em Agosto, sempre agarrado aos meus pés.
Espera por mim amigo e vamos viajar no nosso tempo.






Entre a rua e tua casa.


3 comentários:

  1. Mais uma belíssima prosa que é interessante de se ler!!!bj

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    1. Bem-haja, Gracinha.
      Amanhã vou ver o meu amigo, apesar de centenas de quilómetros quenos separam...vai ficar contente.
      Beijo para a Senhora.

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  2. Bom dia Xico,
    Sabe como aprecio ler a sua escrita.
    Esta não foge à regra.
    Tenha um bom domingo.
    Beijinhos,
    Ailime

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