quinta-feira, 2 de abril de 2015

Boa Pascoa

Cada qual a seu modo de ver... 



Tem o seu encanto 
Em modo de primavera
Um sorriso inocente
De lembrar quem era
Roupa nova a estrear
E a Jesus orar
Depois do jejum
Que a gente quebrava
No fingir dos pais
Que apercebidos
Do pecado mortal
Gritavam insurgidos
Para remediar
Mas...
Vinha a festa
Como a gente brilhava
No banho tomado
Ja sem alguidares
A missa cantada
Com a procissao
Alma engalanada
Barriga apertada
No correr travesso
De quem procurava
O que o forno tinha
O cabrito assado
Um manjar divino
De boca lambida
Tal como a bisca
Arisca...
Enquanto esperavam
A visita do padre
De mesa composta
Tudo bem disposto
E ele rezava
Deus esteja convosco.

5 comentários:

  1. Que lindo tudo !! Feliz Páscoa, tudo de bom!Que ela seja santa, abençoada, na maior paz! bjs, chica

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  2. As mesmas recordações guardo na minha arca de memórias! Só faltou o sino a tocar no dia de Sábado de Aleluia!
    Falas no cabrito no forno. O cabrito faz parte da nossa gastronomia, mais não seja quando se comia no Domingo de Páscoa, mas eu como não gosto de cabrito guardo é o sabor do galo em dia de festa!
    Das campainhas, foi boa escolha (a imagem), pois elas são as primeiras a anunciar o chamamento da nova estação e logo as associamos à campainha do sacristão a tilintar pelas ruas no dia do folar.
    Boas Festas de Páscoa.

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  3. Lembranças boas, Xico! Linda imagem...
    Como disse, "Tem o seu encanto e Deus esteja conosco."

    Feliz Páscoa! Abraços

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  4. Que belo poema!
    Evocando recordações, e realmente cada um tem as suas.
    A Páscoa nunca foi muito celebrada na minha família, mas sempre existiu o hábito de se comer cabrito (ou borrego), carnes que gosto muito, "manjar divino" como diz no poema. Poema que fecha tão lindamente : " Tudo bem disposto / E ele rezava / Deus esteja convosco"
    Uma Páscoa muito feliz para toda a família, Xico!
    xx

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  5. Oh Xico, cheguei atrasada, mas a tempo de ler este lindíssimo poema de (boas) memorias e desejar-lhe continuação de santas festas pascais.
    Beijinhos,
    Ailime

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