segunda-feira, 16 de março de 2015

Trova do tempo...


Mais de cem anos separados...


A minha avo Maria Lameira pergunta

Ao vento que passa
Noticias do seu pais
E o vento cala a desgraca
O vento nada lhe diz


A minha mae aguenta...

Mesmo na noite mais triste
Em tempo de servidao
Ha sempre alguem que resiste
Ha sempre alguem que diz nao 


A minha filha apela...

Mas ha sempre uma candeia
Dentro da propria desgraca
Ha sempre alguem que semeia
Cancoes no vento que passa

Bonita a Liberdade!

17 comentários:

  1. Xico,

    Esse dom pra escrever, já é de família.
    Gostei das trovas, e de ver sua mãe e filha nas fotos. A avó Maria Lameira, já havia visto, aqui, ou no Blog Forninhos. Não lembro muito bem.
    Nem sei qual a que mais gostei. São todas lindas.
    Um abraço.

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    1. Dom, sim, o saber escutar (tantas vezes ouvi, cala e ouve...) mesmo no meio da algazarra.
      Coisas nossas que no fim acabam no silencio sentenciado de quem escuta palavras ainda cheias de vida .
      A minha avo Maria, seria hoje a minha Barbie, vestida de negro, dormiamos juntos e aos meus sete anitos, viajou...para o ceu.
      Carinho, Lucinha.

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  2. Beleza,Xico! Muito legal esse "passeio" pelo tempo e mostrando as 3 gerações.Lindo de ver! abraços, tudo de bom,chica

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    1. Ainda bem, Chica.
      Coisas reais e vividas, trazem uma carga emocional mito grande, mas ...
      Vale a pena!
      Abraco.

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  3. Olá Chico, tive a ousadia de entrar sem permissão mas sou amiga da Lídia Frade e como vi lá o seu comentário resolvi vir conhece-lo pois que conheço bem a sua terra e todos os cantinhos para esses lados, o meu marido é de Tondela e duram quase quarenta anos as minhas férias eram todas passadas a correr Portugal de lés a lés.
    Sempre gostei de passear mas o que mais me encanta neste cantinho à bera mar plantado, são mesmo os seus interiores onde a maior parte deles para os alcançar temos de caminhar a pé pois por vezes mesmo assim se tona difícil.
    Agora então é que já não dá a última vez que aí estive foi há 3 anos, a família do meu marido é por lá muito conhecida o irmão dele que faleceu já este ano logo no início do ano, era o único alfaiate de Tondela, pessoas simples mas muito respeitadas, gostei muito de visitar o seu blogue, já me fiz sua seguidora e vou deixar também o meu marido como seguidor para quando quiser dar uma vista de olhos.
    Foi um aprazer vir aqui mesmo sem permissão pois gostei deste espaço.
    Tenha uma linda semana com muita paz no coração.

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    1. Muito bem vinda e agradecido.
      Deve ter percebido pelo meu perfil que o meu foco (modernices de termo) esta no Blog dos Forninhenses, mas este meu cantinho, quando preciso dele, aqui me estendo ou encolho, consoante...
      Mais coisas minhas que "rebentam" no pensar de coisas boas e menos boas.
      Bem haja e bem vinda!

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  4. Boa tarde, consigo são 4 gerações do mesmo sangue, é fantástico a maneira tão bela como as descreve.
    AG

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    1. A minha avo, ate partir, tinha meia duzia de anos, contava para mim coisas depois da reza antes de dormir.
      Essas coisas vinham a seguir, para me manter acordado, sendo cedo, lobos e bruxarias ou para adormecer, lindo o borreguito que nasceu, a cerdeira ja tem cerejas a pintar, os tralhoes ja se ouvem, coisas do genero...
      Tivera a sorte de a ter tido mais anos, estaria porventura a falar de mais uma geracao.
      Aceite um abraco.

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  5. Uma homenagem a três das mulheres da sua vida, utilizando a Trova do vento que passa, do Manuel Alegre. E muito dizendo sobre as vidas e a época de cada uma. A mais jovem só tem que apelar à esperança para que este país dê condições aos jovens, porque já nascida em Liberdade.E isso faz toda a diferença na vida de alguém.
    Três gerações de mulheres muito bonitas!
    Boa semana, Xico.

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  6. Falta a neta, apetece tal como (paradoxo existencialista, porventura) algo sobre a minha bisavo...
    La irei, perguntando, sendo que os mais antigos se resguardam e muito, acerca das coisas tidas e havidas e por tal ficarem perpetuados.
    Conceitos com misturas de crendices.
    Mas soube bem o desabafo em aqui trazer as "minhas meninas"!
    Bonitas!!!
    Beijo, Laura.

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  7. Se são!
    Que orgulho, caríssimo amigo!
    Lindas, lindas!
    Mas todas têm razão. E como há sempre esperança, vou pela sua filha!
    Que maravilhoso poste!
    Fraterno abraço

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    1. Bem haja Manuela.
      Tenho muito orgulho na minha familia. Toda!
      Um grande abraco.

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  8. A verdade é que o vento nem tudo leva...!
    Há sempre alguém que resiste....há sempre alguém que diz não!
    Não podias ter escolhido melhores palavras para cada uma delas.
    Belíssima homenagem. A tua avó lá no céu, a tua mãe e filha cá na terra de certeza vão gostar do teu gesto.
    Beijinhos.

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  9. Orgulho e bastante orgulho podes ter. Maravilhosa homenagem às tuas mulheres. Mas deixa que te diga, a tua mãe e a tua filhota, também devem estar orgulhosas de ti.
    Da tu avó, como deves calcular, só me lembro de ela morar naquela casa, tua mãe vejo-a com frequência e a tua filhota só na fotografia. É muito bonita, tem muitos ares de ti. Parabéns. Como amigo, estou bastante contente com o que vi. Um abraço.

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  10. Que linda postagem, parabéns pelo o orgulho que sentes de tua linda família!!!
    Beijos e beijos

    http://simplesmentelilly.blogspot.com.br/

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  11. Boa tarde Xico, que emocionante desfile pelo tempo mostrando as três lindas Mulheres da sua vida!
    Candeias acesas no tempo que passou e que contínuam a prolongar-se no tempo!
    Belíssimo enquadramento "nas trovas do tempo que passa"!
    Viva a Liberdade!
    Beijinhos,
    Ailime

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  12. Amigo Xico
    Bonita homenagem às 3 mulheres da sua vida... mesmo faltando a netinha... a 4ª.!!!
    Os blogues são isto: desabafamos e quem nos quer bem sabe ouvir os nossos desabafos e deixa uma palavrinha atenciosa.
    Eu não tenho aparecido por falta de... nem sei bem o quê!!! Forças? Ânimo?Apanhei uma gripe daquelas tipo elástico... uns dias bem... outros nem por isso... hoje sinto-me melhor, mas tenho lido os seus posts... Agora é que vou arrebitando! A idade traz destas coisas... que nos deixam extremamente frágeis, mas gosto muito de aparecer pelo seu espaço e gosto muito de ler estes rebates de saudade!... Também sou dada a estas coisas... e acho que é muito bom ser-se assim!
    Um abraço

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