sábado, 17 de fevereiro de 2018

Ainda hoje na retina das memórias, carinhosamente o José guarda a figura do Peralta.
Estava fora do tempo moderno que lhe ia restando no bengaleiro pela escassez as indumentárias que tomara ele que lhe sobrassem...
Aquele homem ia caminhando pela idade para o vazio, ele que tantos anos havia vivido no meio do vício e do putedo por trabalho, funcionário e nao ordinário, tinha à sua  sua espera na rua dos Cavaleiros junto ao Martin Moniz, a Graça ficava mais acima, a sua gata, Palminhas.
Materialmente, o Peralta com as "gorjas", até que vivia bem e algum arrecadava por não esperar reforma. As coisas são como são...
- José, vem comigo, pois se penso quem tu és, hoje não dormes na rua.
Sentiu  que o estava a pôr à prova pela força nas palavras, ele sabia quem era...
A casa estava imaculada, tudo no sítio e atá a Palminhas tinha o seu canto limpinho.
Fez chá para ele e aqueceu um copo de leite com chocolate para o José...e duas torradas.
Deixou-o ficar na sala, antes de lhe recomendar: tens toalha na casa de banho e cobertores no sofá, fica à vontade e amanhã falamos.


Sem comentários:

Enviar um comentário