quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Para onde vais minha aldeia...



O tempo foi levando o teu encanto, esquecido por quem tinha de tal preservar.
Todos somos culpados,  nao batalhamos pelo que temos em memoria, dos nossos "mais velhos", nem deixamos pergaminhos...por conveniencia organizada a que cobardemente nos sujeitamos.

A uniao da terra, apenas se manifesta na unanimidade dos que vao ficando para tras, mais contentes que consternados, por o amigo ter ganho a corrida e primeiro partir...
Assim vai definhando um lugar bonito, dividido por "porcarias" vaidosas de gentes que sabem e nao querem ou querem e nao sabem, sem pararem um minuto na vida e...




...aqui, o tempo nao voltara atras, todos serao iguais, sem bolsa de valores, fortunas, raivas...
Num local bonito que os olhos tapados nao irao apreciar, tiveram muito tempo.


Aqui jaz a historia da minha terra, de mais vencedores que vencidos, mas acredito, em paz com eles proprios.
Que seja dignificada a sua memoria e descansem em paz!

10 comentários:

  1. Triste ver as mudanças sofridas, não? Belo post! abraços praianos,chica

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    1. O ciclo de vida.
      Alegria, constrangimento e o silencio final.
      Como custa a evidencia da realidade!
      Pudera ao menos dar que pensar, mas...
      Abraco, Chica.

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  2. Boa noite Xico imagino que nos momentos tristes em que mais um amigo parte a aldeia fique mais pequenina, mais vazia, mais pobre!
    E as recordações afloram e invadem a alma!
    Que descansem em paz os vencedores de Forninhos!
    Um beijinho,
    Ailime

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    1. Custa trazer aqui evidencias reais em na primeira foto conto os que ja partiram de entre nos, acompanhados na cadencia habitual da caminhada a ultima morada.
      Por isso me revolta tanta raiva no coracao das pessoas que tanto acompanham, amigos e inimigos, como que por obrigacao.
      Como nos, criancas, podemos tanto mudar...
      Beijinho, minha amiga.

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  3. Na nossa aldeia parece que aceitam, cada vez mais, que o bem material é que traz felicidade e "chuta-se para canto" a cultura e tudo o que a ela está associada! Mas, diria o poeta, há sempre alguém que resiste. E há mesmo, há quem se posicione de forma diferente perante a vida e com isso se sinta bem mais feliz.
    Depois ainda há os que, longe da aldeia e mergulhados numa vida urbana (tida se calhar como perfeita), se envergonhem de falar de vidas simples, rústicas e campestres. Mas alguns (poucos) ainda buscam em espaços como os blogues algo que lhes faça recordar os benefícios do ar puro, dos frutos, maduros, da sombra das árvores,o silêncio que se ouve, as estrelas que enfeitam o céu...etc...etc...
    O maior título que um homem pode adquirir é o do bom carácter. A maioria dos que ali jazem acredito eu que alcançaram na terra a paz de espírito, daqui a manhã...não sei... será que podemos dizer o mesmo dos que ficarão na parte nova, no acrescento novo do cemitério?

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  4. Vamos aprendendo a cada dia...
    Pudera ter falado, pedido e tido autorizacao para tal e este teu comentario seria com imenso gosto meu, o percurso da minha aldeia.
    Da nossa, Paula, mas sabes, venho aqui ao "calhas" e volta e meia, tipo agora vou ver o que se passa no meu cantito, na minha horta e deixar e recordar.
    Perante o que deixas, ambos, penso, estamos de parabens.
    O teu texto tem a redundancia suficiente, que interessa um centena e fotos se falta o apelativo, o dar a entender a substancia, a capacidade apelativa da honradez...
    Por aqui me fico neste pequenito espaco que nem virgulas e pontos tem (reparaste...) e que vem em termos de desabafos, no desejo sincero de que na solidariedade da luta por "eles" empreendida, tenham lugar com vista privilegiada na parte nova do cemiterio.
    "Requiem..."

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  5. Ao ler este texto e ao ver as imagens com sequência bem curiosa...pensei na minha aldeia e nas suas gentes!!!
    Tudo de bom!

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  6. Na imagem de baixo acaba-se tudo Xico.É pena que os que cá estão não se lembrem disso.
    É uma pena hoje em dia muitos não se preocuparem em preservar o que as nossas aldeias têm de bonito,é a nossa identidade,o sitio onde nascemos e que devíamos deixar para os que vierem depois de nós pudessem admirar.
    Apesar de ter saído da minha aldeia com 10 anos ,tenho muito orgulho de lá ter nascido,não é por viver agora num meio urbano que esqueço as minhas raízes.
    Talvez isso também se deva à educação que tive e aos valores e amor que os meus pais me transmitiram sobre a minha aldeia.
    Se houvesse mais pessoas como o Xico e a Paula as coisas melhoravam e muito.
    Um abraço
    Natália

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  7. Xico,

    Eles se foram e deixaram muitos ensinamentos.
    Pena que poucos ainda tentam manter isso vivo na memória.
    Por isso, amo o seu trabalho, da Paula e colaboradores do blog Forninhos.
    Um lindo final de semana! Beijos

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  8. Boa noite
    Ver estas fotos faz - nos lembrar, o que eramos e o que somos.
    Tradição ou apenas o dever de cumprir, é nestas ocasiões que muitas vezes e se bem observarmos, posso dizer, quanta hipocrizia; Ainda ontem era o mau da fita, hoje, que pena ter-nos deixado.
    Para todos os que ali se encontram, que tenham o descanso dívino.

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